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Tema

Ciências

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Grau acadêmico

Ensino Médio

Ano académico: 2023/2024
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ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM CIÊNCIAS: REFLEXÕES

DA AÇÃO DOCENTE.

*Rúbia J. Budke Elicker 2 (IC), Giseli Guarienti Souza 2 (IC), Rúbia Dalbosco 2 (IC), Verônica Possamai Carvalho 2 (IC), Ademar Antonio Lauxen (PQ) 1. *85195@upf 1 Professor do Curso de Química; Universidade de Passo Fundo – BR 285, São José – Passo Fundo –

RS; 2 Acadêmica do Curso de Química Licenciatura da Universidade de Passo Fundo – BR 285, São José

  • Passo Fundo – RS;

Palavras-chave: Ensino, prática docente, situação de estudo.

Área temática: Formação de Professores

Resumo: O presente trabalho resulta das reflexões realizadas no decorrer da ação docente de quatro estagiárias. A experiência da docência ocorreu a partir do Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Fundamental, na disciplina de Ciências, com a inserção das estudantes-estagiárias do Curso de Química da Universidade de Passo Fundo em espaços de educação formal. O objetivo deste trabalho é analisar a importância do estágio supervisionado para a formação de professores, tendo por base as reflexões produzidas pelas estagiárias em suas memórias de aula, bem como nos relatórios/memoriais elaborados ao final das atividades nas escolas. Pode-se perceber pela análise que o estágio supervisionado proporcionou as licenciandas a oportunidade de estabelecer a necessária relação e articulação entre teoria e prática no cotidiano escolar, vivenciando a realidade do Ser Professor, estabelecendo a perspectiva da reflexão-ação-reflexão.

Introdução

Os estudos sobre os saberes requeridos para a docência ou que dela se constituem apontam para a necessidade de que o sujeito em formação se aproprie desses saberes para que possa qualificar a sua ação docente (TARDIF, 2000, 2014; TARDIF E LESSARD, 2013; GAUTHIER et al., 2013). Um dos momentos proporcionado ao licenciando é a realização do estágio, no qual assume a regência de classe e estabelece a interação direta com estudantes e todas as demais estruturas e organizações da escola. O Estágio é um período importante à formação profissional que visa estabelecer a necessária relação e articulação teoria e prática, pois proporciona a reflexão da práxis e o desenvolvimento de competências profissionais para a construção e ressignificação da identidade de ser educador. Desse modo, entende-se que o estágio constitui-se em um dos importantes momentos de construção de conhecimentos, por meio da integração do acadêmico com a realidade e o contexto escolar, em que ele poderá interagir com o seu futuro espaço de trabalho, desenvolvendo a perspectiva da ação-reflexão-ação. Ghedin et al. (2008) sinalizam que a formação de professores necessita qualificar esse processo, priorizando a indissociabilidade entre teoria e prática, arregimentando uma consistência epistemológica e de saberes docentes, com a constante problematização e reflexão na ação e sobre a ação, proporcionando o conhecimento dos diferentes aspectos que envolvem a profissão docente, estabelecendo a aproximação e parceria, nesse processo de formação, entre IES e os campos de estágio.

Assim, aceita-se que o estágio consiste em um tempo de reflexões sobre erros, acertos, encantamentos e frustações que ocorrem durante a construção e execução do processo constitutivo do ser docente, levando em conta todos os eventos que envolvem diretamente a construção de conhecimentos e os processos de mediação com os estudantes. O desafio se faz na busca por desenvolver uma mediação de conceitos visando uma aprendizagem significativa, na perspectiva de tornar os estudantes cidadãos críticos e ativos, capazes de intervir na sociedade de forma mais qualificada, partindo da realidade em que vivem, considerando a bagagem de conhecimentos e saberes que eles trazem consigo. Entende-se que os educadores necessitam refletir sobre o ato de educar, estabelecendo o planejamento das suas aulas, conhecendo a realidade em que os estudantes vivem e, desse modo, propor situações que perpassam a vivência deles. Nessa perspectiva, o professor torna-se o mediador do conhecimento, rompendo com o que já propunha Freire (2002, p. 22) ao afirmar que “ensinar não é transferir conhecimentos”, mas estabelecer um processo de construção de saberes e de relações com o contexto vivido. Assim, o estágio supervisionado constitui-se em importante etapa na formação do futuro professor, conscientizando-o de que sua prática envolve um comportamento de observação, reflexão crítica e responsabilidade social, estando preocupado em analisar e refletir criticamente sua prática educativa e, ainda, com sua formação permanente para ensinar cada vez melhor (PICONEZ, 2012). Desse modo, o presente trabalho decorre da análise da ação docente e das reflexões produzidas a partir dessa ação por quatro estudantes-estagiárias de um Curso de Licenciatura em Química, que desenvolveram suas atividades na disciplina de Ciências, anos finais do ensino fundamental, em instituições de educação formal na região de abrangência da Universidade de Passo Fundo, no estado do Rio Grande do Sul. Serviram como base de análise as memórias produzidas após as aulas, bem como o relatório/memorial descritivo elaborado ao final do processo de estágio.

Metodologia

O Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Fundamental aconteceu no VII semestre do Curso de Química da Universidade de Passo Fundo. Nesse trabalho serão analisadas as memórias de aula e os relatórios/memoriais descritivos de quatro licenciandas do referido curso, que realizaram seus estágios em espaços de educação formal, em três cidades, sob orientação de um professor da IES e supervisão do professor titular da turma da escola. O estágio foi desenvolvido na disciplina de Ciências, anos finais, do ensino fundamental. Na escola da cidade de Ibirubá/RS a turma foi um 8º ano; em Passo Fundo/RS, foram duas escolas distintas, em turmas de 6º ano. Na cidade de Vanini/RS, também foi uma turma de 6º ano. As aulas construídas a partir de uma Situação de Estudo (SE), tendo a orientação do professor da universidade e supervisão do professor titular da turma, eram objeto de reflexão ao final de sua execução através do que era chamado “memória”. As memórias escritas pelas estagiárias ao final de cada aula executada serviam como processo de reflexão e ressignificação da ação docente, estabelecendo o diálogo, primeiro consigo mesmo, e posteriormente com os demais envolvidos no processo, orientador e colegas,

A construção de saberes docentes e o estágio curricular

Segundo Pimenta e Lima (2004, p. 41) a ação docente consiste em “uma prática social. Como tantas outras, é uma forma de se intervir na realidade social, no caso por meio da educação que ocorre não só, mas essencialmente, nas instituições de ensino. Isso porque a atividade docente é ao mesmo tempo prática e ação”. Assim, Pimenta e Lima (2004, p. 55) argumentam que é necessário possuir esse conhecimento que envolve “o estudo, a análise, a problematização, a reflexão e a proposição de soluções às situações de ensinar e aprender” visando à práxis pedagógica dos licenciandos durante a sua formação e no estágio. Libâneo (1998) assevera que o professor necessita de uma cultura geral mais ampliada, capacidade de aprender a aprender, competência para saber agir na sala de aula, habilidades comunicativas, domínio da linguagem informacional, saber usar meios de comunicações e articular as aulas com as mídias e multimídias, sendo que desse modo poderá intervir de forma mais adequada na construção de um processo mediado de ensinar e aprender, requerido nesses tempos de fluxo intenso de informações. Nesse sentido o estágio se apresenta como desafio e oportunidade para o docente-estagiário interagir no contexto escolar, explorar as possibilidades que se apresentam, construir novos referenciais, podendo desenvolver seu papel de mediador, e desse modo “[...] projetar e vivenciar experiências novas, que, bem planejadas e seguras, trarão como consequência para o estagiário um desempenho satisfatório na instituição que o acolheu” (BIANCHI et al., 2005, p. 1). Como destaca o autor, é importante o planejamento, etapa fundamental para que o processo de ensinar tenha êxito, acrescentando que esse planejamento decorra de uma constante reflexão das ações desenvolvidas pelo educador. Durante a vivência da ação docente, o licenciando é desafiado a desenvolver a capacidade de realizar a articulação e reflexão sobre os saberes docentes e a prática pedagógica, a fim de constituir-se um educador. Desse modo, como afirma Caimi (2008, p. 94), o estágio é importante por se tratar de “um momento privilegiado de ação-reflexão-ação, que prevê o exercício profissional pleno, monitorado por professores mais experientes, em condições de garantir a análise retrospectiva da ação pedagógica”. A práxis que se requer da educação, do educador, é aquela transformadora, que se constitui de forma crítica e reflexiva e, sendo assim, necessita a integração dos licenciandos nas escolas (GADOTTI, 1995), dando a esses a capacidade de estabelecer a interação com o contexto real, e dele construir saberes mais pertinentes ao exercício da docência. Essa reflexão auxilia ao acadêmico reestruturar os conhecimentos anteriores com a realidade, permitindo a intervenção e aperfeiçoamento. Almeja-se que a escola deixe de ser vista como um ambiente de transmissão de informações, para transformar-se em um espaço de reflexão e construção de conhecimentos, partindo da vivência, do dia a dia, dos estudantes, contextualizando os conceitos, com o objetivo de proporcionar uma aprendizagem significativa (LIBÂNEO, 1998). Atualmente, os estudantes estão mais conscientes de que a escola é mais um lugar onde eles têm a possibilidade de aprender, antes era praticamente o único lugar em que se dava e recebia o saber, hoje a escola faz uma parte do aprendizado, aprende-se na escola, mas também muito fora dela, por isso da necessidade de criarem-se práticas inovadoras de ensino, onde os estudantes

sintam-se estimulados e com vontade de ir até a escola em busca de novos conhecimentos (TARDIF; LESSARD, 2013). Para romper com o ensino fragmentado e descontextualizado de Ciências, com o chamado ensino tradicional, há a necessidade de inovações curriculares e uma das possibilidades de inovar é a partir da organização curricular por situações de estudo (SE). As SE tem se mostrado potencialmente capazes de superar o ensino tradicional, proporcionando a formação de cidadãos críticos, capazes de relacionar os conhecimentos científicos com situações de seu cotidiano, habilitando- os a pensar, questionar e criticar as situações vividas, dando sentido ao aprendizado da sala de aula, ou seja, traz um novo olhar para o ensino. A Situação de Estudo:

É ela uma situação concreta, da vivência dos alunos, rica conceitualmente para diversos campos da ciência, de forma a permitir a análise interdisciplinar. A intenção é a de gerar conceitos científicos para os quais é essencial a organização, a coerência, a sistematização e a intencionalidade para um novo nível de entendimento da situação, ou seja, uma nova forma de conceituar, diferente da formação dos conceitos do cotidiano (MALDANER et al., 2001, p. 5).

Segundo Maldaner e Zanon (2001) a SE é uma proposta que visa uma linguagem ampla e diversificada, que vem para romper com a forma linear de proposição dos conteúdos escolares, desenvolvendo novas compreensões e a possibilidade da interdisciplinaridade, uma vez que é possível cada disciplina trabalhar os conceitos de uma situação real, dando sentido ao conteúdo de sala de aula, relacionando com o contexto vivencial dos estudantes. Desse modo, ao trabalhar com a Situação de Estudo no componente curricular Ciências durante o estágio supervisionado foi possível estabelecer outro foco, construir uma outra perspectiva de olhar o ensino, possibilitando que os estudantes relacionassem os conteúdos e temas desenvolvidos nas aulas com seu cotidiano, podendo participar ativamente da construção dos conhecimentos escolares.

Resultados e Discussões

O estágio supervisionado se constitui em um dos momentos em que os acadêmicos têm a possiblidade de vivenciar a realidade em que irão desenvolver as suas atividades profissionais, adquirir/aperfeiçoar habilidades relativas à futura profissão, enfrentar todos os desafios do ambiente escolar, em suma adquirir experiência na prática docente. Nesse sentido, uma das estagiárias escreveu em sua memória de aula o seguinte: “A cada aula percebo que é isso que quero para a minha vida, ser professora, me impulsiona a buscar mais, crescer como profissional e como pessoa”. Verificou-se que as Situações de Estudo (SE) propostas pelas estagiárias para o desenvolvimento de suas aulas foram significativas, uma vez que os estudantes da escola demonstraram interação e envolvimento com as temáticas, tornaram-se questionadores, pois queriam saber mais sobre os assuntos e temas abordados, havendo um gradativo aumento de interesse no decorrer das aulas. Uma das estagiárias demonstrou isso em uma de suas memórias ao expressar que necessitava “[...] reestruturar a cada dia, buscar diferentes modos de abordar os assuntos, pois os estudantes estão cada vez mais ativos”, uma vez que ao abordar os conteúdos partindo de uma SE, os conhecimentos prévios dos estudantes eram

No que tange ao convívio e os processos de interação da estagiária com os estudantes, pode-se afirmar que no decorrer das aulas foi gradativamente ocorrendo a adaptação à proposta de trabalho, principalmente, criou-se uma reciprocidade, uma afinidade, carinho, respeito e vontade de saber e aprender. Os temas geradores das Situações de Estudo proporcionaram uma interação entre colegas e destes com as educadoras, e ao mesmo tempo as acadêmicas necessitaram, por várias vezes, desenvolver novos estudos para dar conta de demandas que surgiam no decorrer do processo, tanto para o saber pessoal, quanto para mediar o conhecimento aos educandos, de forma a trazer um ensino de qualidade. Uma das estagiárias relata, sobre esse aspecto, que “tenho feito novos estudos sobre os temas e conteúdos trabalhados, a cada aula que passa, os estudantes estão se tornando mais questionadores, o desafio está aumentando, e sinto que estou dando conta”.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que - fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade (FREIRE, 2002, p. 14).

O processo reflexivo estabelecido durante o desenvolvimento do estágio, seja na escrita das memórias, seja nos momentos de socialização e debate com o orientador e colegas, acadêmicos que também realizavam o estágio, nos encontros semanais, conclui-se que é indiscutível a importância de ter realizado o Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Fundamental, pois foi possível perceber que essa interação proporcionou e fez a diferença na vida dos estudantes e no contexto escolar, especialmente para aqueles que apresentavam, inicialmente, situações de indisciplina, e que necessitaram de práticas pedagógicas e estratégias que valorizaram os seus saberes prévios, mostraram que eles tinham papel importante no processo que se desenvolvia no espaço da sala de aula. Mas, para além disso, a importância maior se fundamenta na consolidação de que a escolha feita pela docência foi acertada, pois o encantamento pelo processo se deu plenamente. Realizar o estágio foi um dos períodos mais importantes, em que foi possível atuar de forma ativa, segura e confiante, caracterizando-se por um momento extraordinário, pois houve a necessária relação e interação teoria e prática, permitindo a primeira experiência profissional para cada uma das docentes- estagiária.

Considerações Finais

O Estágio Curricular Supervisionado no Ensino Fundamental permitiu contato com a escola, incialmente por um mês de observação, e depois por doze semanas efetivas de planejamento e aplicação do planejado, nas aulas, desenvolvendo as atividades docentes. Este período proporcionou a valorização, influência e responsabilidade de um educador em uma sociedade formadora de cidadãos. Portanto, conclui-se que o Estágio Curricular Supervisionado proporcionou ao acadêmico, ao longo do processo de mediação do conhecimento, a reflexão sobre as ações que desenvolveu no contexto da escola.

Ainda, a realização do estágio fortaleceu o lado emocional, pois era necessário lidar com as inseguranças e com os desafios que constantemente se faziam presentes na ação docente, porém permitiu crescer profissionalmente, à medida que se estabeleceu o repensar sobre as atitudes tomadas e, nesse processo, a necessidade de buscar soluções as dificuldades enfrentadas. Dinamizar as aulas, tendo conhecimento da turma, procurando saber quem eram os sujeitos que estavam tomando parte do processo, fez com que cada uma buscasse novos aportes teóricos para compreender o processo que se desenvolvia, as interações e motivações que envolviam as dinâmicas em ação. A prática docente é revestida de enorme complexidade e, nem sempre é compreendida muito claramente pelos educadores, especialmente no que diz respeito ao ato de ensinar. Pesquisas indicam que muitas vezes essa é vista sob uma ótica de uma ação de caráter simples, em que “[...] o saber necessário para ensinar se reduz unicamente ao conhecimento do conteúdo da disciplina” (GAUTHIER et al., 2013, p. 20). Para Maldaner (2013, p. 54), “tudo isso poderia ser traduzido como concepções (tácita) de currículo que os professores adotam” (grifo do autor). Desse modo, o processo de formação necessita problematizar essas concepções tácitas, para que elas possam ser refletidas e repensadas. Portanto, o estágio se constitui como um período potencialmente forte e importante para que o acadêmico faça reflexões acerca da prática docente e do processo de ensinar e aprender, pois esse requer a compreensão de que não basta “saber”, mas é necessário “saber fazer”, em que o domínio dos conhecimentos específicos não é suficiente. Compreender que numa nova lógica de organização curricular, em que essa se dá pela proposição de SE, o saber considerar os conhecimentos trazidos pelos estudantes e confrontá-los com os conhecimentos científicos para produzir novos sentidos e, assim, significados que possam contribuir para que o estudante compreenda o seu meio, é o que passa a ser necessário e fundamental. Assim, aceita-se que o professor necessita dominar muito mais do que os conhecimentos relativos à sua disciplina de ofício, ele precisa ter um saber que seja “[...] plural, compósito, heterogêneo, porque envolve, no próprio exercício do trabalho, conhecimentos e um saber-fazer bastante diversos, provenientes de fontes variadas e, provavelmente, de natureza diferente” (TARDIF, 2014, p. 18), de modo que, em geral, necessitam de uma problematização para tornarem-se “saberes em si” e efetivamente contribuírem no processo de ensino-aprendizagem. E, portanto, sendo o estágio curricular supervisionado momento de planejamento, execução e reflexão, se constitui esse como importante espaço/tempo para essa problematização e ressignificação. Desse modo, essa primeira experiência em sala de aula se constituiu como válida para a constituição das futuras educadoras. Os desafios que se encontrou na caminhada devem servir como elementos para melhorar, para que no momento em que efetivamente for exercer a profissão, seja possível contribuir para qualificar o processo educacional.

Referências

BIANCHI, A. C. de M.; ALVARENGA, M.; BIANCHI, R. Orientação para estágio em licenciatura. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005.

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DA AÇÃO DOCENTE.
*Rúbia J. Budke Elicker2 (IC), Giseli Guarienti Souza2 (IC), Rúbia Dalbosco2 (IC),
Verônica Possamai Carvalho2 (IC), Ademar Antonio Lauxen (PQ)1. *85195@upf.br
1Professor do Curso de Qmica; Universidade de Passo Fundo BR 285, São José Passo Fundo
RS;
2 Acadêmica do Curso de Química Licenciatura da Universidade de Passo Fundo BR 285, São José
Passo Fundo RS;
Palavras-chave: Ensino, prática docente, situação de estudo.
Área temática: Formão de Professores
Resumo: O presente trabalho resulta das reflexões realizadas no decorrer da ão docente
de quatro estagiárias. A experiência da doncia ocorreu a partir do Estágio Curricular
Supervisionado no Ensino Fundamental, na disciplina de Ciências, com a inserção das
estudantes-estagiárias do Curso de Química da Universidade de Passo Fundo em espos de
educação formal. O objetivo deste trabalho é analisar a importância do estágio supervisionado
para a formão de professores, tendo por base as reflexões produzidas pelas estagrias em
suas memórias de aula, bem como nos relatórios/memoriais elaborados ao final das atividades
nas escolas. Pode-se perceber pela análise que o estágio supervisionado proporcionou as
licenciandas a oportunidade de estabelecer a necessária relação e articulação entre teoria e
prática no cotidiano escolar, vivenciando a realidade do Ser Professor, estabelecendo a
perspectiva da reflexão-ação-refleo.
Introdução
Os estudos sobre os saberes requeridos para a doncia ou que dela se
constituem apontam para a necessidade de que o sujeito em formação se aproprie
desses saberes para que possa qualificar a sua ação docente (TARDIF, 2000, 2014;
TARDIF E LESSARD, 2013; GAUTHIER et al., 2013). Um dos momentos
proporcionado ao licenciando é a realização do estágio, no qual assume a regência
de classe e estabelece a interação direta com estudantes e todas as demais
estruturas e organizações da escola. O Estágio é um peodo importante à formação
profissional que visa estabelecer a necessária relação e articulação teoria e ptica,
pois proporciona a reflexão da práxis e o desenvolvimento de compencias
profissionais para a construção e ressignificação da identidade de ser educador.
Desse modo, entende-se que o estágio constitui-se em um dos importantes
momentos de construção de conhecimentos, por meio da integração do acadêmico
com a realidade e o contexto escolar, em que ele podeinteragir com o seu futuro
espaço de trabalho, desenvolvendo a perspectiva da ação-reflexão-ação.
Ghedin et al. (2008) sinalizam que a formação de professores necessita
qualificar esse processo, priorizando a indissociabilidade entre teoria e prática,
arregimentando uma consistência epistemológica e de saberes docentes, com a
constante problematização e reflexão na ação e sobre a ação, proporcionando o
conhecimento dos diferentes aspectos que envolvem a profissão docente,
estabelecendo a aproximação e parceria, nesse processo de formação, entre IES e
os campos de estágio.