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Os Lusíadas
Português
Ensino Secundário
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+'Os Lusíadas': Canto V: estâncias 92 a 100
. Análise estância a estância
. Estância 92
. É agradável (“doce”) ouvir os elogios dos outros quando os nossos feitos são
divulgados (“soados” – v. 2).
. Qualquer pessoa de valor (“nobre”) esforça-se por igualar ou superar a glória
dos seus antepassados.
. A admiração (“envejas”) dos feitos dos outros/antepassados constitui um
estímulo, um incentivo para realizar atos mais sublimes (hipérbole “Fazem mil
vezes feitos sublimados.” – v. 6). De facto, o canto, o louvor, incita à realização
dos feitos: “Louvor alheio muito o esperta e incita.” (v. 8) – o exemplo origina a
ação.
. Estância 93: Heróis da Antiguidade que se dedicaram à poesia ou à cultura.
. Alexandre Magno apreciava os versos melodiosos de Homero (mais do que os
próprios feitos de Aquiles).
. Temístocles invejava os monumentos às vitórias do general Milcíades.
. Temístocles gostava de ouvir cantar os feitos de Milcíades.
Apreço dos Antigos pelos seus poetas
e importância dada à cultura
↓
Consequência
↓
Conciliação entre as armas e as letras
. Estância 94
. Vasco da Gama esforça-se por mostrar que a sua viagem à Índia (“que o Céu e
a Terra espanta.”) merece mais glória e louvor do que as célebres navegações
de Ulisses e Eneias, embora estes tenham sido imortalizados porque Virgílio
foi valorizado por um “Herói” (v. 21), Otávio César Augusto.
↓
O Poeta enaltece o Herói clássico pela sua atitude
. Crítica implícita aos portugueses: Camões canta os feitos dos portugueses, tal
como Virgílio, e não há um herói que reconheça o seu valor. Quem imortaliza
Vasco da Gama e os seus feitos é o Poeta.
. Estâncias 95 e 96
. Em Portugal, há heróis como os clássicos Cipião, César, Alexandre e Augusto,
mas...
. Não possuem “aqueles dões / Cuja falta os faz duros e robustos” (vv. 3-4, est.
95): o Poeta censura os guerreiros/heróis portugueses seus contemporâneos, a
quem falta cultura e dons artísticos.
. Exemplos de heróis cultos:
1. Otávio, imperador de Roma, no meio das maiores preocupações, escrevia
belos versos, tal como o pode provar Fúlvia, a quem aquele dedicou um
poema, depois de Marco António a ter abandonado por Glafira.
2. César, fundador do império romano, dedicava-se à escrita e tinha um estilo
erudito semelhante à eloquência de Cícero, um célebre orador romano. Em
simultâneo, praticava os seus feitos guerreiros, conciliando as letras e as
armas: “Vai César sojugando toda França / E as armas não lhe impedem a
ciência; / Mas, nua mão a pena e noutra a lança, [...]”.
3. A fama de Cipião, chefe de guerra romano, deve-se à sua dedicação à escrita
de comédias.
4. Alexandre Magno, o célebre herói da Antiguidade, apreciava tanto Homero
que o considerava seu poeta de eleição: “Que sempre se lhe sabe à
cabeceira”.
. Estância 97
. No passado, não houve, entre os romanos, gregos ou povos bárbaros, um
grande guerreiro que não se revelasse culto e interessasse pela escrita.
. Pelo contrário, os guerreiros portugueses desprezam a cultura e a poesia:
“Senão da Portuguesa tão somente” (v. 4).
. Camões sente vergonha pela ignorância dos líderes do seu tempo, que
menosprezam as letras, cujo valor deve ser compatível com as artes
guerreiras.
. Quem não pratica a poesia não lhe sabe dar i verdadeiro valor: “Porque quem
não sabe arte, não na estima.” (v. 8).
. Estância 98
. Consequências da ignorância e do menosprezo pela cultura e da falta de
incentivos à poesia:
c. à falta de coragem dos heróis nacionais para realizarem feitos sublimes.
. Ideal de heró
O ideal de herói sugerido por Camões nestas estâncias é aquele que
alia as armas às letras, a fim de vencer ou igualar as façanhas dos seus
antepassados.
No início deste canto (estâncias 3 a 14), Camões elogia os portugueses, porém, no final, o seu tom é de crítica. Esta aparente contradição explica-se se tivermos em conta que os portugueses que o poeta elogia e apresenta como exemplo, são os heróis do passado, com Vasco da Gama à cabeça. No entanto, os portugueses criticados são os contemporâneos de Camões, que, aparentemente, esqueceram o heroísmo e a grandeza dos seus antepassados.
Neste passo da obra, estamos no exato momento em que o Catual visita as naus portuguesas, sendo recebido por Paulo da Gama, enquanto seu irmão Vasco é recebido no palácio do Samorim. Ao ver as bandeiras com pinturas alusivas a feitos e heróis da História de Portugal, o chefe indiano mostra curiosidade em saber o que cada uma delas representa. Paulo da Gama prepara-se para satisfazer o desejo do Catual e narrar episódios da História de Portugal, no entanto Camões interrompe a narração e invoca as ninfas do Tejo e do Mondego para que o auxiliem nessa árdua tarefa.
Na estância 78, o poeta autocaracteriza-se como «insano e temerário» (dupla adjetivação), aventureiro e receoso do «caminho tão árduo, longo e vário» (tripla adjetivação, exclamação e metáfora) por que se vai aventurar, isto é, narrar novos episódios da História de Portugal, agora pela voz de Paulo da Gama, ao Catual de Calecute, a pedido deste e a propósito dos símbolos das bandeiras. Assim, o poeta dirige-se às ninfas do Tejo e do Mondego (apóstrofe do verso 3, estância 78), solicitando-lhes inspiração para a tarefa. A leitura das restantes estâncias deste passo de Os Lusíadas sugere que, além do já exposto, o poeta se sente desalentado, por isso necessita de um reforço de inspiração. Nos últimos quatro versos desta estância, Camões faz uso de uma imagem para “justificar” a invocação («Vosso favor invoco» - v. 5) dirigida às ninfas: a sua empresa / tarefa reveste-se de tal grandiosidade e é de tal monta que, se as ninfas não o auxiliarem, ele receia não conseguir levá-la a cabo, a de cantar os feitos gloriosos dos portugueses. Entre as estâncias 79 e 81, o poeta, numa reflexão de tom marcadamente autobiográfico (atestado pelo uso da primeira pessoa e pelo conteúdo biográfico), salienta que tem vindo sempre a cantar os feitos lusos e, em simultâneo, luta pela
sua pátria e elenca as dificuldades, as misérias e os perigos que tem enfrentado / sofrido / corrido (vide esquema do poema), comparando-se, no final da estância 79, a Cânace, personagem mitológica que se suicidou e escreveu ao irmão Macareu uma carta de despedida, com a pena na mão direita e a espada na outra (segundo Ovídio, baseado em Eurípides, Cânace foi obrigada pelo pai, que lhe enviou uma espada, a cometer suicídio como punição pelo facto de ter mantido uma relação incestuosa com o irmão, da qual nasceu uma criança que foi morta pelo avô, que a lançou aos cães). Essa comparação aponta para o facto de o poeta aliar à sua coragem na guerra a sua faceta de artista (estância 79, vv. 7-8). A espada simboliza as batalhas em que o poeta participou, o seu lado guerreiro, enquanto a pena remete para a sua obra literária, para a arte, para a escrita. Na estância 81, finalizada a enumeração dos infortúnios que pautaram a sua vida, introduz um novo a que dá destaque através do articulador «ainda», criando a sensação de instabilidade: como se já não bastassem os tormentos que teve de suportar, acresce que. Em vez de os seus patrícios e contemporâneos o premiarem, pelo contrário, ingratos, «inventam-lhe» novos trabalhos e privações. Na estância 82, dirige-se novamente às ninfas, apostrofando-as, para criticar, socorrendo-se da ironia, os «valerosos» senhores de Portugal que, em vez de acarinharem e glorificarem aqueles que, como ele, através da poesia / arte, cantam os feitos ilustres dos portugueses, os maltratam, são ingratos. E qual é a consequência desta postura? A desmotivação das futuras gerações de poetas, que se sentirão inibidos de cantarem os feitos lusos. Deste modo, Camões procura criticar a incultura, o desinteresse pela arte e a ingratidão dos portugueses. Dito de outra forma, os grandes senhores não amam a arte nem incentivam as artes, o que fará com que os grandes feitos do futuro não sejam cantados e, portanto, deles não fique memória. Critica ainda a ambição desmedida e o facto de sobreporem os seus interesses aos do «bem comum e do seu Rei», a dissimulação, o abuso de poder e a exploração do povo.
Quanto à estrutura interna, este excerto de Os Lusíadas pode dividir-se em quatro momentos: . 1.º momento (estância 78):
- A invocação: “Vós, Ninfas do Tejo e do Mondego”;
- Objetivo: pedir às Ninfas que lhe deem inspiração para a composição da obra (“Vosso favor invoco”);
- Razões do pedido: o receio de que, sem a inspiração das Ninfas, não seja capaz de cumprir o seu propósito (“Que, se não me ajudais, hei grande medo / Que o meu fraco batel se alague cedo”).
. 2.º momento (estâncias 79 – 81): Argumentos do poeta:
estância 96, para o efeito corruptor do dinheiro, que tanto sujeita os ricos como os pobres. Na estância 97, o poeta apresenta três casos através dos quais pretende provar a sua tese enunciada na estância anterior, isto é, que exemplificam o poder negativo dos bens materiais – dinheiro e ouro -, que levam à adoção de atitudes inesperadas. O primeiro exemplo refere-se ao rei da Trácia, que assassinou Polidoro, filho de Príamo, rei de Troia, com o único fito de lhe roubar o ouro. De facto, para o salvar, quando a cidade estava prestes a cair em poder dos Gregos, o rei enviou-o com ouro ao rei da Trácia que, todavia, se apoderou do ouro e o assassinou. O segundo caso refere-se a Dánae, filha de Acrísio, rei de Argos (Grécia), que foi encerrada numa torre para que não procriasse e, deste modo, fosse anulada uma profecia de um oráculo que anunciou a morte do soberano às mãos de um neto. Porém, Júpiter metamorfoseou-se em chuva de ouro, introduziu-se na torre e engravidou-a. Desse ato nasceu Perseu, que, concretizando a profecia, assassinou o avô. O último exemplo alude a Tarpeia, uma jovem romana que, na esperança de obter anéis de ouro dos Sabinos que sitiavam Roma, lhes abriu as portas da cidade. No entanto, os inimigos não a pouparam, esmagando-a sob as joias e os escudos, tendo assim ficado soterrada. Nas estâncias 98 e 99, o poeta prossegue a enumeração dos efeitos negativos do dinheiro: a. corrompe o pobre e o rico (estância 96); b. leva ao assassínio (exemplo do rei da Trácia); c. conduz à traição (est. 98, v. 1): os soldados rendem-se quando as suas fortalezas ainda se encontram abastecidas; d. conduz à traição e à falsidade entre os amigos; e. transforma o mais nobre em vilão (est. 98, vv. 3 a 6): a ambição material pode levar nobres, capitães ou virgens a renderem-se ao seu poder, mesmo tendo consciência de que a sua honra ficará manchada; f. corrompe as ciências, os juízes e as consciências, levando-as a agir contra os seus princípios morais e culturais (est. 98, vv. 7-8); g. distorce / perverte a interpretação dos textos (est. 99, vv. 1-2); h. manipula as leis e a justiça, que se aplicam arbitrariamente (est. 99, v. 2); i. fomenta o perjúrio (est. 99, v. 3); j. fomenta a tirania nos reis (est. 99, v. 4); k. corrompe os membros do clero, ainda que sob uma capa de virtude.
Em síntese, os vícios provocados pela ambição são os seguintes: i. a traição (“Faz tredores e falsos os amigos”); ii. a corrupção (“Este corrompe virginais purezas”); iii. a arbitrariedade (“Este interpreta mais que subtilmente / Os textos...”);
iv. a mentira / o perjúrio (“Este causa os perjúrios entre a gente”); v. a tirania (“E mil vezes [hipérbole] tiranos torna os Reis”).
Relativamente à estrutura interna, é possível identificar dois momentos: . 1.º momento (est. 96): apresentação da «tese» - o poder corruptivo do dinheiro, a partir do sucedido com Vasco da Gama. . 2.º momento (est. 97 a 99): os efeitos negativos da ambição pelo dinheiro / ouro ~
Na estância 144, narra-se o regresso dos marinheiros portugueses à sua pátria - concretamente a Lisboa (“Até que houveram vista do terreno / Em que naceram...”) -, numa viagem que decorreu tranquilamente, pois o tempo estava ameno (“Com vento sempre manso e nunca irado...” - v. 2) e o mar calmo (“... cortando o mar sereno...” - v. 1). Entre os versos 5 e 8, o poeta alude ao prémio e à glória que os marinheiros, com os seus feitos, alcançaram e que agora vêm entregar ao rei para seu engrandecimento e da Pátria (“E à sua pátria e Rei temido e amado / O prémio e glória dão (...) / E com títulos novos se ilustrou.” - vv. 6-8). Nos primeiros quatro versos da estância 145, o poeta começa por se mostrar cansado, desiludido e incompreendido (“a Lira tenho / Destemperada e a voz enrouquecida” - vv. 1-2), não pelo canto em si, mas por “Cantar a gente surda e endurecida” (v. 4) (isto é, gente que não escuta as suas palavras, não valoriza o seu canto, não reconhece o seu talento e mérito), visto que está corrompida pela “cobiça” e num estado de tristeza, desânimo e apatia (“... a pátria, não, que está metida / No gosto da cobiça e na rudeza / Duma austera, apagada e vil tristeza.” - vv. 6 a 8), o que origina uma ausência de fervor patriótico e ânimo: “Não tem um ledo orgulho e geral gosto, / Que os ânimos levanta de contino / A ter pera trabalhos ledo o rosto.” (vv. 2 a 4 da estância 146). O poeta mostra-se cansado e desiludido («Nô mais, Musa, nô mais, que a Lira tenho / Destemperada e a voz enrouquecida...» - est. 145, vv. 9-10) por o seu canto não ser escutado pela «gente surda e endurecida», que não reconhece o seu talento e o mérito, ocupada que está na satisfação da «cobiça». Por outro lado, o poeta mostra-se orgulhoso dos «vassalos excelentes», pois representam a glória, a coragem e o espírito patriótico, dispondo-se a enfrentar os maiores perigos e a desenvolver os maiores sacrifícios somente para engrandecerem o Rei e a Pátria («Olhai (...) / Quais rompentes liões e bravos touros...» - est. 147, vv. 25-26; «Por vos servir, a tudo aparelhados / De vós tão longe, sempre obedientes...» - est. 148, vv. 33-34). Além disso, ele mostra-se espantado pela ausência de orgulho pátrio e de ânimo nos seus contemporâneos, bem como pela cobiça e corrupção que os dominam («No gosto da cobiça e na rudeza / Duma austera, apagada e vil tristeza.» - est. 145, vv. 15-16).
8alemães, franceses, italianos e ingleses) desvalorizem a capacidade de os portugueses gerirem o seu destino. Com estes conselhos, o poeta espera que o rei - neste caso, D. Sebastião - saiba incentivar os seus vassalos, que apenas esperam a sua liderança para agir. Ele anseia que o monarca exerça o poder com humanidade e a humildade de quem procura aconselhamento junto dos mais sábios e mais experientes. Espera ainda que o soberano saiba estimular e aproveitar as energias latentes para dar continuidade aos feitos do passado e dar matéria a novo canto. Isto significa que a obra termina com uma mensagem globalizante que abarca o passado, o presente e o futuro, isto é, a glória do passado deverá ser tomada como exemplo no presente para construir um futuro grandioso (in Plural 12, texto adaptado).
A estância 153 abre com uma alusão a Formião, filósofo grego que discursou diante do general Aníbal sobre a arte de combater e que foi escarnecido por este. Essa referência funciona como exemplo para constatar que a arte da guerra se aprende na prática, isto é, «vendo, tratando e pelejando» (v. 8), e não teoricamente (“Sonhando, imaginando ou estudando” - v. 7). Na estância 154, Camões traça o seu autorretrato: a. “humilde baxo e rudo”; b. possuidor de “honesto estudo”; c. misturado com “longa experiência”; d. possuidor de “engenho” / talento; e. disposto a servir o rei em combate; f. disponível para cantar o rei e os seus feitos. Ora, este autorretrato corresponde ao do homem ideal do Renascimento: i. possuidor de um saber feito de estudo e experiência (conciliação do saber teórico e do saber prático); ii. detentor de talento e inspiração artísticos; iii. possuidor da lealdade, da coragem e do desapego do bom soldado, sempre disponível para servir o seu rei. Falta apenas ao poeta ser aceite pelo monarca, pois possui virtudes que devem ser reconhecidas. De seguida, mostra a sua disponibilidade para cantar os seus feitos futuros (“... e o vosso peito / Dina empresa tomar de ser cantada” - est. 155, vv. 5- 6). Na última estância, o poeta incentiva o rei a prosseguir a guerra de cruzada no Norte de África e oferece-se para a cantar, assegurando-lhe que será cantado e os seus feitos em todo o mundo e que será mais temido em Marrocos que tudo (observar a comparação hiperbólica dos versos 1 e 2 - Atlante teria sido transformado em pedra pela visão da cabeça de Medusa, uma das três Górgonas, que transformava quem a contemplasse em pedra). O próprio Alexandre Magno rever-se-ia em D. Sebastião, sem invejar a glória de Aquiles, pois a do soberano português seria muito superior.
A finalizar a análise destas últimas estâncias do poema, ficam aqui as palavras de António José Saraiva, no prefácio de uma das edições da obra: “Na Dedicatória, o poeta convida o moço rei a «ver» os feitos dos seus vassalos, isto é, do Gama e seus companheiros, como se estivessem a ocorrer diante dos olhos de ambos. Há nela também referências ao tema da Cruzada. Só depois se segue a ação. E, no final do poema, o autor volta a dirigir-se ao rei numa longa conclusão de 10 estrofes e meia, em que outra vez o exorta a «olhar» os seus vassalos, lhe dá vários conselhos e o incita à guerra de cruzada próxima, que o autor se oferece para cantar. Assim, a narração insere-se entre as duas falas ao rei. O poema poderia ser interpretado como um longo discurso feito a D. Sebastião, que é diretamente interpelado no começo e no fim.”
Os Lusíadas
Tema: Português
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